Governo brasileiro decide solicitar adesão à IRENA

IRENA

Em janeiro de 2018, o governo brasileiro tomou a decisão de iniciar o processo de adesão à Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Com relevante experiência com o uso de renováveis em sua matriz energética, o Brasil poderá, como um país membro da IRENA, participar de forma mais ativa dos debates da agenda energética internacional e ainda se beneficiar da base de dados e das ferramentas desenvolvidas pela Agência.

Criada em 2009, a IRENA é uma organização intergovernamental que busca apoiar os países na transição para uma matriz energética sustentável e na redução de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Promove a adoção do uso sustentável de energia servindo como uma plataforma para cooperação internacional e para disseminação de informação sobre todas as formas de energias renováveis, políticas e regulações de fomento, tecnologias e recursos financeiros. Atualmente, a organização conta com 154 estados membros que buscam o crescimento e prosperidade com segurança energética e baixa emissão de carbono.

Com a adesão, o Brasil ainda poderá obter investimentos, financiamentos e divulgação de processos licitatórios relativos ao uso e disseminação de energias renováveis por meio da participação na iniciativa.

No que concerne a bioenergia, a participação do Brasil na iniciativa poderá favorecer o apoio e o diálogo entre países que desejam promover seu desenvolvimento, e também contribuir com o avanço da plataforma Biofuturo, uma proposta do governo brasileiro.

De acordo com Isabela Aroeira, consultora da WayCarbon, “o protagonismo brasileiro na produção e no uso dos biocombustíveis permite que o país ofereça relevante contribuição tanto para a plataforma Biofuturo, que pretende estimular o desenvolvimento da bioeconomia no mundo através da compreensão do seu status e mapeamento das oportunidades e barreiras no seu desenvolvimento, quanto para IRENA”. Ademais, a adesão brasileira à IRENA está alinhada com os compromissos climáticos do país, já que dependem diretamente do desenvolvimento das fontes renováveis nos setores de energia e transporte.

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