Resiliência climática e construção civil: desafios e soluções

As cidades estão sofrendo um aumento de temperatura a uma taxa duas vezes maior que a média global, devido ao efeito das ilhas de calor urbano, segundo o Programa de Assistência à Gestão do Setor Energético. Além disso, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que quase 40% das emissões de gases de efeito estufa relacionadas à energia estão relacionados com a construção de novos edifícios. Tal conjuntura torna as cidades e, consequentemente, a indústria de construção civil protagonistas nas ações de combate à mudança climática.  

Além das ondas de calor, as cidades precisam aumentar sua resiliência climática para eventos cada vez mais extremos, como tempestades, secas, ventos fortes, inundações e desmoronamentos. A partir dessa premissa, foi criado o evento “Cidades Melhores: construindo uma São Paulo mais sustentável”, que ocorreu no dia 18 de março, no Centro Histórico de São Paulo, com patrocínio ouro da WayCarbon. A organização foi da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais), com apoio institucional da Prefeitura de São Paulo. 

Felipe Bittencourt, CEO da WayCarbon, participou da mesa-redonda “Desafios para Resiliência Urbana”, que integrou o painel “Meio Ambiente e Clima”, ao lado de Rodrigo Ravena, Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo (SP), e Fernando Assad, CEO da Vivenda. Roberto de Souza, Presidente do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), mediou o debate.  

Resiliência Climática e Construção Civil

Segundo Bittencourt, estamos na década chave para agir na redução de emissões, por isso, é preciso unificar iniciativas de descarbonização às ações de resiliência climática. Para o executivo, é necessário que haja esforços integrados entre poder público, o setor de construção civil, fornecedores, instituições financeiras e a sociedade. 

Sobre o papel do setor privado nessa agenda, o executivo apontou que uma boa estratégia climática avalia tanto o impacto da empresa no clima, quanto o impacto do clima na empresa, conceito conhecido como dupla materialidade. “Empresas devem compreender os riscos climáticos de seus empreendimentos e buscar uma construção de baixo carbono. Trata-se de uma demanda de mercado, uma responsabilidade social e um fator de competitividade”, recomendou. 

Em seguida, Rodrigo Ravena destacou a contribuição do poder público para a ação climática. “Resiliência é a capacidade que uma cidade, pessoa ou empreendimento tem de se recuperar de um desastre climático. O principal desafio nesse ponto é a adaptação. Por isso, o grande trabalho do poder público na agenda é criar políticas públicas de qualidade”, disse o Secretário. 

Fechando o painel, Fernando Assad abordou os impactos das alterações climáticas nas populações mais vulneráveis por meio do case da Vivenda, empresa que oferece soluções tecnológicas para programas de melhoria habitacional. “Se queremos tratar de resiliência, não podemos tirar do radar a população que vive nas periferias e já está sendo impactada pela mudança no clima. Por isso, os programas de melhoria habitacional são essenciais”. Assad citou como exemplo o Programa Pode Entrar – Melhorias, realizado pela prefeitura de São Paulo, com participação da Vivenda, que irá conduzir obras como: revisão das instalações elétricas e hidráulicas, ligação da rede de água e esgoto, reforma de telhado, reboco externo, entre outros. 

Soluções para o setor público e privado 

O trabalho da WayCarbon com o setor privado envolve a condução de toda a jornada de descarbonização das empresas, desde o desenvolvimento do inventário de gases de efeitos estufa (GEE) até a definição de metas baseadas na ciência, a proposta de planos de ação e a implementação da estratégia.  

Para empresas mais maduras no tema, também oferecemos a integração da matriz de riscos climáticos à matriz de riscos corporativa. Dessa forma, a partir de nossos serviços de consultoria e o apoio da tecnologia do MOVE, são feitos a avaliação do grau de riscos, a valoração do impacto financeiro e a definição da estratégia de adaptação.  

No caso do setor público, a WayCarbon atua principalmente no desenvolvimento de estratégia e planos de ação para cidades mais resilientes. Esse escopo envolve a avaliação do grau de risco climático; diagnóstico; estabelecimento de metas e ações; engajamento e participação; monitoramento e implementação; além do apoio na construção de projetos de Lei. 

Entre em contato com nossos especialistas. 

 

Maria Luiza Gonçalves
Jornalista e Analista de Comunicação at WayCarbon | + posts
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