O papel estratégico do plano de transição climática

26 de setembro de 2024/ Maria Luiza Gonçalves / Nenhuma / 0 comentários

Com a temperatura média global aumentando de forma mais rápida do que o previsto pelos modelos climáticos, a ciência reforça o alerta de que o mundo precisa realizar uma transição urgente para uma economia de baixo carbono, adaptada aos eventos climáticos extremos que já estão ocorrendo. Para isso, é preciso que haja uma transformação nos negócios e nas finanças. Assim surge a necessidade de as organizações desenvolverem um plano de transição climática.

Uma das iniciativas nessa direção é a Transition Plan Taskforce (TPT) – Força-Tarefa do Plano de Transição, em tradução livre – lançada em abril de 2022. A TPT tem o objetivo de estabelecer um framework para planos de transição, com o envolvimento de instituições financeiras, empresas da economia real, formuladores de políticas, reguladores e sociedade civil. Em 2024, a IFRS Foundation assumiu a responsabilidade pelos materiais de divulgação da TPT, o que representou um passo importante para difundir a iniciativa de forma padronizada globalmente.

Diretrizes de um plano de transição climática

A diretrizes de um plano de transição devem passar por ações estruturadas em componentes de descarbonização, resposta a riscos e oportunidades, contribuição para a transição, bem como por possibilidades de financiamento para as ações estratégicas. Entenda na figura abaixo:

Fonte: WayCarbon

A construção de um plano de transição robusto é essencial para que as empresas demonstrem para as partes interessadas que existe uma estratégia o para a continuidade do negócio diante de um cenário dinâmico e incerto. Vale ressaltar que, além do desenvolvimento, é importante que o plano seja utilizado de forma integrada, inserindo o tema no centro das tomadas de decisão corporativas. “Além de contribuir para o enfrentamento à mudança do clima, outro benefício de realizar esse trabalho é o posicionamento da companhia como uma liderança na agenda, o que pode gerar vantagens competitivas”, explica Melina Amoni, Gerente de Riscos Climáticos e Adaptação da WayCarbon.