Global Risks Report 2018: problemas ambientais no topo da lista

Global Risks Report

No dia 17 de janeiro deste ano, o Fórum Econômico Mundial lançou a sua Análise de Riscos, o Global Risks Report 2018, e identificou a mudança do clima como uma das 5 tendências determinantes dos acontecimentos globais.

Todos os anos, especialistas e tomadores de decisão de todo o mundo trabalham com o Fórum Econômico Mundial para identificar e analisar os riscos mais urgentes enfrentados pela humanidade. Para a realização do relatório, entrevistados são convidados a avaliar a probabilidade de riscos globais acontecerem em uma escala de 1 a 5 (1 representando um risco que é muito pouco provável e 5 um risco muito provável) e o impacto desses riscos, também em uma escala de 1 a 5 (1 sendo um impacto mínimo e 5 um impacto catastrófico).

Embora diversas questões sejam levadas em consideração, o relatório deste ano se concentra, principalmente, em cinco áreas-chave que precisam de ações urgentes: degradação ambiental, violações da cibersegurança, tensões econômicas e tensões geopolíticas. Assim, os riscos avaliados são separados entre as categorias ambiental, tecnológica, geopolítica, social e econômica.

Durante os últimos anos, os riscos ambientais foram ganhando maior destaque no relatório, sendo considerados como mais urgentes. Na última edição, não foi diferente. Os cinco riscos da categoria ficaram em posições mais altas que a média, três deles compondo o top 5 dos riscos globais avaliados em termos de probabilidade e o dos riscos avaliados em termos de impacto: eventos climáticos extremos, desastres naturais e falhas no processo de mitigação e adaptação mudança do clima.

Após um ano marcado por fortes furacões, temperaturas extremas e o primeiro aumento nas emissões de CO2 em 4 anos, os problemas ambientais se tornam ainda mais evidentes. A perda de biodiversidade está acontecendo em ritmo acelerado, sistemas agrícolas estão sob tensão, a poluição do ar se torna uma ameaça cada vez mais permanente para a saúde humana e eventos climáticos extremos acontecem com maior frequência.

Os desafios trazidos pela degradação ambiental, porém, não estão desconectados de riscos de outras áreas. O furacão Maria em Porto Rico, por exemplo, mostra o impacto que eventos climáticos extremos têm sobre a infraestrutura e sobre o povo de um país. Se o combate à mudança do clima e à exploração excessiva de recursos naturais não se fortalecer, prejuízos à saúde humana e à economia podem sair muito mais caros que meios mais sustentáveis de produção.

Segundo Henrique Pereira, CEO da WayCarbon, «O relatório confirma a urgência necessária para ação. Eventos climáticos extremos, desastres naturais e a incapacidade dos setores público e privado em reduzirem emissões de GEE e se adaptar à mudança do clima estão no topo da lista não porque são tendências para a próxima décadas, mas por afetarem nossas vidas e nossas economias hoje».

Confira o Global Risks Report 2018 na íntegra clicando aqui.

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