Programa LEBAM: inovação para reduzir emissões da agropecuária
A agropecuária é a segunda principal fonte de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil. Para endereçar essa questão, a WayCarbon está desenvolvendo um programa inovador voltado para a redução das emissões de metano – um gás com efeito estufa 28 vezes maior que o gás carbônico – provenientes dos processos naturais de ruminação, o Programa LEBAM (Leite Baixo Metano).
A iniciativa nasceu dentro da nossa equipe de Novos Negócios e está ligada ao objetivo de estarmos na vanguarda de ações disruptivas em projetos de carbono. Até o momento, o LEBAM é o único projeto no mundo com intenção de reduzir as emissões na pecuária de leite com o aditivo Bovaer ®, da DSM-Firmenich. O Bovaer®, quando adicionado na alimentação dos animais tem capacidade de reduzir em até 30% as emissões de metano gerado no sistema digestivo do gado, o que corresponde a uma tonelada por ano de CO2e evitado por animal.
Nosso intuito é fazer um piloto com número limitado de vacas leiteiras em Minas Gerais para testarmos o mercado, visto que se trata de um investimento relevante para a viabilização. Já temos 500 unidades animais que receberão o aditivo e trabalhamos com a ambição de atingir 50 mil animais no país na etapa de escala.
Tecnologia para reduzir emissões da agropecuária
O LEBAM tem o objetivo de transformar a abordagem de sustentabilidade no agro através do mercado de carbono. Uma das principais razões é que a adicionalidade de projetos presentes no mercado de carbono voluntário é um ponto de atenção frequente, e esse Programa é “pura adicionalidade”. Ser adicional significa que as reduções ou remoções não teriam acontecido sem o investimento financeiro no projeto em questão.
O Bovaer é uma forma única e eficiente de reduzir as emissões de metano da pecuária, pois é simples de usar, não tem efeitos colaterais e leva a uma redução demonstrável. A receita proveniente da comercialização de créditos de carbono do projeto viabilizará a aquisição do Bovaer e incentivará os produtores a continuarem a utilização do aditivo, por terem descontos em produtos de lactação da DSM-Firmenich, reduzindo o custo de produção de leite.
Pelo caráter inovador e grande entrega no quesito adicionalidade, estimamos que o crédito de carbono desse projeto terá um preço acima da média no mercado voluntário. Mesmo assim, a expectativa é que os compradores estejam engajados em direcionar recursos para a iniciativa, acreditando na expansão do projeto para tornar os custos mais competitivos e, consequentemente, o preço do ativo mais acessível. Estamos no momento de assinar o compromisso com os primeiros produtores, preparando a consulta pública e planejando um evento de lançamento para maio.
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