Como aplicamos a inteligência geográfica a projetos de carbono?
Na Diretoria de Projetos de Carbono da WayCarbon, nosso foco é desenvolver iniciativas que visam reduzir e/ou remover gases de efeito estufa (GEE) da atmosfera, contribuindo assim para a transição rumo a uma economia Net-Zero. Para isso, desenvolvemos soluções baseadas na natureza, no agronegócio e em tecnologia, assegurando a alta integridade e aderência aos requisitos metodológicos de certificadoras internacionais, como Verra, Gold Standard e Puro Earth.
Entre nossos projetos estão os de conservação (REDD+ – Reducing Emissions from Deforestation and forest Degradation), de restauração (ARR – Afforestation, Reforestation and Revegetation), de intemperismo acelerado (ERW – Enhanced Rock Weathering), de redução de emissões entéricas, e os de biochar. Utilizamos ferramentas e inteligência geoespacial em várias etapas do desenvolvimento desses projetos, desde a prospecção, qualificação e avaliação da oportunidade até o registro e seu monitoramento em longo prazo.
Para potencializar nossas iniciativas, estabelecemos uma parceria estratégica com a Imagem, representante oficial da ESRI (Environmental Systems Research Institute) no Brasil, empresa norte-americana especializada em soluções para a área de inteligência geográfica. Essa colaboração permite que integremos as ferramentas e o ecossistema ArcGIS, da ESRI, em todas as etapas do desenvolvimento de nossos projetos, otimizando as análises geoespaciais e fortalecendo nossa capacidade de tomada de decisões.
Usos da inteligência geográfica em projetos de carbono
Começando pela Gerência de Negócios, utilizamos o WAYMAP, uma plataforma que permite que nossos analistas de negócios qualifiquem as oportunidades que surgem, determinando sua localização precisa, seja por município, estado ou bioma. Além disso, permite uma avaliação minuciosa das sobreposições com embargos, terras públicas e privadas, além de outras bases de dados secundárias. Tudo isso é feito em uma interface amigável e intuitiva, eliminando a necessidade de uma expertise prévia em ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento remoto.
Em seguida, avançamos para os estudos de viabilidade técnica (EVTs) das áreas potenciais, visando estimar as reduções e/ou remoções de carbono (toneladas de CO2 equivalente) e, consequentemente, o potencial de geração de créditos (VCUs). Nessa etapa, a equipe técnica da WayCarbon busca automatizar e otimizar parte dos processos com o auxílio do Model Builder, que permite a criação de modelos combinando uma série de ferramentas que, por sua vez, possibilita análises espaciais complexas e manipulação de dados de pequeno e grande volume.
Uma vez que a oportunidade prossegue para a análise de conformidade legal, utilizamos o ArcGis for Power BI & Dashboards para auxiliar na compilação de dados para uma análise de risco socioambiental. Nas etapas seguintes, que integram o desenvolvimento do PD (descrição do projeto de carbono), nossa equipe técnica utiliza o ArcGis Pro Desktop para análises geoespaciais simples e complexas, como análise de barreiras geográficas, prática comum, mapeamento de uso e cobertura do solo, modelagem de carbono acima do solo, confecção de mapas, entre outras atividades. Além disso, contamos como Field Maps e o Survey 123 para coleta de informações em campo.
Nesse sentido,com o apoio da ArcGIS, a WayCarbon tem fortalecido a inteligência de seus projetos, aprimorando a transparência de dados e apoiando as tomadas de decisão para oferta de créditos de carbono de alta integridade e qualidade ao mercado.
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Rafaela Guimarães
