Era da Resiliência: A pandemia como laboratório corporativo.

O que é resiliência? Para alguns, é a habilidade de se adaptar a mudanças e lidar com problemas, para outros, a motivação para se reconstruir quando os planos são colocados em cheque e a força interna para sair mais forte do outro lado. Em 2020, a maioria de nós descobriu o que é a resiliência para além dos significados do dicionário, enfrentando alguns dos maiores obstáculos da vida, tanto individual quanto coletivamente.

Economicamente, o impacto da pandemia e das medidas restritivas de convívio presencial nos negócios também foi enorme. Empreendedores tiveram que se reinventar diariamente, sem muitas certezas e nem perspectivas. Mas muitos, de fato, saíram do outro lado e se mostraram mais resilientes que nunca.

Quais são, então, os componentes do sucesso desses negócios em um período tão desafiador? Foi isso que nós da WayCarbon, juntamente com a Fundação Dom Cabral corremos atrás de descobrir. Os aprendizados e recomendações são compartilhados no relatório Era da Resiliência.

Era da Resiliência: A pandemia como laboratório corporativo.

Uma pesquisa com mais de 100 especialistas, entre pesquisadores acadêmicos e líderes de grandes empresas, buscou traçar tendências para o mundo corporativo pós-pandemia, colocando, principalmente, a sustentabilidade no centro das discussões. 

Com o nome “Era da Resiliência: A pandemia como laboratório corporativo”, o estudo evidencia as potenciais transformações estruturais dessa nova etapa da nossa economia e aponta as principais recomendações para os negócios se prepararem para o que inevitavelmente virá depois da pandemia.

Esse trabalho leva a uma pergunta importante: quais são as características em comum que compõem a resiliência desses negócios?

Desse ponto foi possível levantar os três pilares que fomentam transformações estruturais que indicam características da Era da Resiliência e, por isso, indicam mudanças essenciais nos paradigmas corporativos. 

Os três pilares da resiliência

Liquefação das fronteiras organizacionais

Antes de mais nada, somos seres sociais. A crise nos mostrou isso com muito mais clareza. Uma empresa, para sobreviver à pandemia, precisa, mais do que nunca, se entender como parte de um ecossistema muito maior, que vai além de suas fronteiras organizacionais. A responsabilidade que vem com a atitude de se entender parte de um todo passou, então, a guiar ações que não beneficiam somente o negócio, mas vai muito além disso.

Um exemplo citado no relatório Era da Resiliência é o da Ecorodovias, que, em parceria com outras empresas do setor, implementou o pagamento via aproximação e a distribuição de tags, pelas quais os caminhoneiros não pagam nem instalação, nem mensalidades durante os primeiros 12 meses. A ideia foi reduzir o risco de contaminação pelo contato com o dinheiro físico.

Além disso, ajudaram a promover campanhas de vacina contra a gripe, distribuir kits de higiene e instalar postos de saúde para pronto-atendimento. 

Segundo Marcelo Guidotti, CEO da Ecorodovias, “Somos parceiros cuidando da logística, prestando um serviço essencial para o Brasil. Só no momento de novas concessões somos concorrentes, depois viramos parceiros”.

Ampliação dos critérios de sucesso

Outra lição importante que indica a direção das mudanças corporativas para o mundo pós-pandemia diz respeito aos indicadores de sucesso. A tendência é que isso passe a ser – e já vem sendo – lidado para muito além de dinheiro e outros fatores financeiros.

Outra participante do estudo que foi um dos principais expoentes desse pilar foi a Ambev.

Logo no começo da pandemia a Ambev criou o Squad do Bem, que contou com 80 pessoas de diversas áreas para sugerir ações de apoio à sociedade. Como resultado, a companhia se juntou a outros nomes do mercado para construir 100 novos leitos no Hospital do M’Boi Mirim e integrar a campanha #ApoieUmRestaurante, além de produzir álcool em gel e faceshield em suas fábricas. 

Para Carla Crippa, Vice Presidente de assuntos corporativos da Ambev, Saímos fortalecidos pelo reconhecimento de que implementamos ações que foram capazes de ajudar a sociedade“.

O imperativo do propósito e da cultura organizacional

Pilares são pilares por um motivo. Para que haja sustentação, todos precisam ser suficientemente fortes para aguentar. Por isso, para se pensar para além das fronteiras organizacionais e levar em conta fatores de sucesso que vão muito além do dinheiro, as empresas precisam ter um forte propósito e uma cultura organizacional ainda mais robusta.

Esse foi o terceiro ponto da resiliência levantado pelos especialistas.

Como seria possível navegar com sucesso por um mundo de incertezas e dificuldades sem um forte propósito?

Uma das empresas participantes no projeto Era da Resiliência foi a MRV. Nos últimos cinco anos, a companhia vem investindo na digitalização dos negócios e, em 2019, criou um projeto (lab) para fortalecer a cultura de inovação entre os colaboradores. Com a pandemia, engajou cerca de 100 profissionais para expandir sua existente plataforma de vendas digital na jornada virtual de compra de um imóvel, além de fomentar o app “Mão na Roda”, que estimula a conexão entre moradores para a troca de produtos ou serviços, e a Escola de Síndicos, um canal no YouTube, que apoia a capacitação em gestão de condomínios e administração predial, garantindo a segurança das operações por meio de inovação e tecnologia. 

“A companhia como um todo, executivos e colaboradores, amadureceram e entenderam a importância da empresa para a sociedade”, afirmou Eduardo Fischer, CEO da MRV. 

Acesse o relatório completo.

Lições como essas da Ambev, Ecorodovias e MRV são somente alguns ensinamentos das maiores empresas do Brasil e do mundo que participaram da pesquisa que deu origem ao relatório.

Para ler o restante do conteúdo e entender quais pilares da resiliência precisam estar no centro das ações das empresas para o pós-pandemia, clique aqui para acessar o link e baixar.

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