“Policrise”, riscos climáticos e mudanças regulatórias

De acordo com o relatório mais recente do World Economic Forum, o mundo está enfrentando uma série de desafios que resultam em um conjunto de riscos interconectado, e os riscos climáticos estão entre eles. A guerra da Rússia na Ucrânia aumentou rapidamente os preços de alimento e energia, ocasionando uma crise de custo de vida e despertando protestos sociais. Enquanto isso, o aumento das emissões de carbono segue direcionando a mudança climática, ameaçando a biodiversidade, a saúde humana e o futuro do planeta.  

Essa situação que estamos pode ser chamada de “policrise” e precisamos começar a solucioná-la, tendo em vista objetivos de longo-prazo e esforços para combater a mudança climática.  

Mudança climática é maior ameaça à economia global durante a próxima década

A mudança climática é um problema que exige que governos, empresas e a sociedade civil trabalhem juntos, pois a falha em mitigar a mudança climática é vista por especialistas como a maior ameaça à economia global durante a próxima década.  

As exigências do mercado por maior transparência sobre informações relacionadas ao clima estão aumentando, por parte de consumidores, investidores, órgãos reguladores e outras partes interessadas. 

Em dezembro de 2021, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou a Resolução n°59, que altera as exigências sobre registro e prestação de informações dos emissores de valores mobiliários e passa a incorporar tópicos específicos sobre questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ASG). Além disso,  acrescenta os riscos climáticos como um fator de risco a ser descrito no Formulário de Referência (FRE), documento periódico que reúne informações do emissor relacionadas às atividades, fatores de risco, estrutura de capital, dados financeiros, entre outras  

Com a Resolução n° 59 da CVM, as empresas são orientadas a apresentar sua política de gerenciamento, objetivos e estratégias sobre riscos climáticos, bem como seu inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os fatores de riscos climáticos (físicos e de transição) com potencial de influenciar a decisão de investimento. A resolução considera as recomendações de entidades reconhecidas, como a Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD). A ausência dessas informações no FRE deverá ser justificada. 

A inclusão de riscos climáticos no Formulário de Referência, a partir de janeiro de 2023, exige esforços adicionais das companhias para adequação à regulamentação, mas possibilitará que os riscos climáticos sejam identificados e gerenciados de forma apropriada. 

O que as lideranças corporativas devem fazer?

Lideranças que queiram se adaptar às novas exigências regulatórias e identificar como a mudança do clima e a transição para a economia de baixo carbono podem impactar o negócio, a estratégia e o planejamento financeiro da organização podem contar com as soluções da WayCarbon. 

A Consultoria em Risco Climático traz uma visão específica dos riscos físicos e de transição aplicáveis a empresa, levando em consideração o setor de atuação, a localização geográfica, características e resultados específicos da companhia, e dos potenciais impactos que poderão ser causados em diferentes dimensões (ex: financeiro, operacional, imagem, entre outros), sob diferentes hipóteses de condições futuras.  

 Os riscos identificados poderão ser priorizados e planos de ação poderão ser definidos, de forma que as empresas possam se adaptar e monitorar os riscos climáticos. Além disso, as informações resultantes do estudo irão facilitar as divulgações em relatórios compulsórios (ex: CVM) ou voluntários (ex: GRI). 

Por que é importante endereçar os riscos climáticos?

A Consultoria em Risco Climático da WayCarbon auxilia as empresas com: 

  1. Atendimento às orientações da CVM 59 sobre divulgação de riscos climáticos e às recomendações da TCFD; 
  2. Atendimento às expectativas de investidores e outras partes interessadas; 
  3. Antecipação de riscos e identificação de oportunidades que possam afetar o negócio;
  4. Utilização de metodologias reconhecidas, dados técnicos e científicos para embasar a análise de riscos;
  5. Engajamento e preparação corporativa para gestão dos riscos climaticos 
  6. Elaboração de matrizes de riscos e oportunidades relacionadas ao clima e estabelecimento de indicadores de desempenho 
  7. Disponibilização de informações confiáveis e organizadas 
  8. Melhoria de sistemas internos e processos para coleta, consolidação e validação de informações relacionadas ao clima. 
  9. Preparação para a futura aplicação dos padrões mínimos de relatos climáticos da ISSB – International Sustainability Standards Board. 

Conclusão 

A gestão do Risco Climático pode ser um elemento-chave para a tomada de decisões estratégicas, auxiliando a empresa a enxergar desafios que poderão ser enfrentados em diferentes cenários e horizontes de tempo, a planejar mecanismos de prevenção ao risco, aumentando a resiliência da companhia para lidar com a crise climática. 

Entre em contato com nossos especialistas.

Melina Amoni
Gerente de Risco e Adaptação at WayCarbon | + posts
Felipe Sgarbi
Coordenador de Risco e Adaptação at WayCarbon | + posts
Gabriel Casaroli
Consultor de Sustentabilidade at WayCarbon | + posts
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