Qual é o papel do inventário setorial na agenda climática?

A COP30 será realizada no Brasil em 2025. Com a proximidade do evento, o país tem alguns instrumentos regulatórios sendo construídos para chegar ao encontro com um posicionamento maduro na agenda climática. Alguns exemplos são: legislações sobre o mercado regulado de carbono, a atualização da Política Nacional da Mudança do Clima e o estabelecimento dos Planos Setoriais de Adaptação e Mitigação. Além disso, está sendo considerada a definição de uma nova NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas, do inglês Nationally Determined Contributions). 

Nesse contexto, diversas associações estão se organizando com o objetivo de entender o perfil de emissões de seus setores e estudar projetos de mitigação por meio de inventários setoriais. A partir dessa prática, podem alinhar com o Governo Federal discussões sobre sua trajetória de emissões e planos de descarbonização. 

Como funciona um inventário setorial de emissões? 

Em um inventário setorial, grupos de empresas são envolvidas de acordo com as características de sua operação, podendo compartilhar aspectos relevantes sobre fatores de emissão e outras particularidades. Dessa forma, criam grupos de trabalho disseminadores de boas práticas e estimulam o aumento de maturidade em companhias sem inventário. A iniciativa permite traçar planos conjuntos para adequações na contabilização e obter resultados de maior valor associado. 

Recentemente lançado, o Inventário Setorial de Mineração (2024), do IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração), já está na terceira edição e alcançou resultados positivos: entre 2021 e 2024, passou de 25% empresas com inventários calculados para 75%. O número representa um ganho significativo de maturidade na gestão de emissões individuais, estimulada por um setor em constante avaliação pública.  

O inventário contou com o uso do software WayCarbon Ecosystem – Gestão de GEE e ESG para consolidar as emissões. Com isso, obteve um aumento na confiabilidade dos cálculos, por serem automatizados, garantiu a confidencialidade dos dados das empresas, por terem logins separados, e a replicabilidade dos resultados ao longo dos anos. 

Outras entidades, como a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) também realizam inventários setoriais com o apoio da WayCarbon. Assim, geraram mais conhecimento na gestão de emissões das associadas e estimularam o desenvolvimento de planos de descarbonização mais robustos e precisos. 

Entre em contato com nossos especialistas para desenvolver um inventário setorial e acelerar a descarbonização de sua indústria. 

Eloisa Casadei
Coordenadora de Consultoria at WayCarbon | + posts
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