5 temas urgentes para lembrar no Dia do Meio Ambiente

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Em 1972, durante Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (UNCHE), que ficou conhecida como Conferência de Estocolmo, foi criado o Dia do Meio Ambiente. A data coincide com a realização do encontro, com o objetivo de atrair a atenção da sociedade para os problemas ambientais do planeta e para o debate sobre a urgência de preservação dos recursos naturais.

Nessa oportunidade, as questões ambientais foram tratadas a partir de um novo olhar, com o reconhecimento das contradições entre o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente. Assim, alguns princípios para orientar a política ambiental do planeta foram estabelecidos com o objetivo de ampliar a proteção dos recursos naturais.

Após mais de quarenta e cinco anos da Conferência de Estocolmo, alguns problemas ambientais seguem no topo da agenda de prioridade da sociedade, enquanto novas questões emergiram. Neste dia do Meio Ambiente, pensamos em compartilhar alguns dos principais problemas ambientais que enfrentamos atualmente. Saiba mais:

1. Urbanização e meio ambiente

A urbanização, movimento que resulta no aumento da população que vive nas cidades em relação à população que vive no campo, tem exigido bastante do meio ambiente. Mais pessoas vivendo em um mesmo espaço significa uma pressão maior sobre a terra e o aumento de uso dos recursos naturais. A retirada da vegetação, a produção de calor e a emissão de gases poluentes para a atmosfera trazem consequências diversas ao meio ambiente, como alterações no clima, no relevo, na flora e na fauna.

Segundo o relatório World Urbanizacion Prospects o processo de urbanização acelerou nas últimas décadas. Em 2007, a população urbana ultrapassou a rural, mantendo-se predominante desde então. No Brasil tal movimento é ainda mais intenso: mais de 80% da população vive em áreas urbanas, e em 2020 serão aproximadamente 90%.

O crescimento das cidades traz grandes desafios e a necessidade de prestar serviços para um grande número de pessoas, incluindo oferecer comida, água potável e ar limpo à população, educação e habitação acessíveis, além de um ambiente seguro e transporte eficiente. Assim, é preciso planejamento para produzir um uso sustentável do espaço, considerando, além da qualidade de vida dos habitantes, a preservação do meio ambiente. O desenvolvimento sustentável das cidades é central para nosso futuro e precisa estar no centro do debate da preservação ambiental.

2. Desmatamento

O desmatamento, processo de degradação da vegetação nativa de uma região, é um dos problemas ambientais mais graves da atualidade. A devastação de florestas, e dos recursos naturais nelas contidos, compromete o equilíbrio do planeta, criando problemas ambientais e sociais como a perda de biodiversidade, o aumento das emissões de gases do efeito estufa (GEE) e a redução dos territórios de populações tradicionais.

No Brasil, essa questão é preocupante. De acordo com o Global Forest Watch, somente entre 2001 e 2015, 409.904,11 km² de áreas cobertas por árvores foram perdidos no país. Depois de anos com resultados positivos no controle do desmatamento, dados do PRODES apontam que a perda da cobertura florestal da Amazônia voltou a crescer 29% entre 2015 e 2016.

O desmatamento é causado principalmente pela formação de pastagens, extração de madeira, abertura de estradas e a expansão das fronteiras agrícolas. Esse processo, além de agravar as mudanças climáticas ao remover as florestas, importantes reservatórios de carbono, pode contribuir para a extinção de espécies que sofrem com a redução de seu habitat.

3. Extinção de espécies

Quando uma espécie deixa de existir em um ambiente ou ecossistema dizemos que ela foi extinta. Assim como o surgimento de novas espécies, a extinção é um evento natural, causado por episódios como catástrofes naturais e o surgimento de predadores ou animais competidores mais eficientes, por exemplo. Porém, esse é um processo extremamente lento, que demanda milhares de anos para acontecer.

O que está acontecendo, no entanto, é que o ser humano vem acelerando a taxa de extinção de espécies, e hoje se tornou o principal agente causador desse processo. O mau uso dos recursos naturais é uma das principais causas para esse desequilíbrio, com a degradação de ambientes naturais que, por sua  vez, reduz os habitats disponíveis para as espécies. Além disso, a destruição desses ambientes pode aumentar o grau de isolamento entre as populações, diminuindo o fluxo gênico entre elas, causando, assim, perda de variabilidade genética.

Como a ciência descobre novas espécies a todo momento, não sabemos ainda qual o tamanho da perda resultante desse processo. Porém, várias espécies já foram extintas, como o Rinoceronte-negro-do-oeste (2011) e a foca-monge-das-caraíbas (2009), e muitas outras espécies correm risco de extinção.  A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) criou, em 1964, um catálogo sobre o estado de conservação de espécies de plantas, animais, fungos e protozoários: a lista vermelha de espécies ameaçadas. O objetivo da iniciativa é oferecer informações sobre as espécies ameaçadas e chamar a atenção do público para a importância da biodiversidade no planeta.

A extinção pode trazer consequências que afetam diretamente a vida do homem. Quando uma espécie deixa de existir, desequilíbrios na cadeia alimentar podem levar ao aumento de populações capazes de destruir plantações ou infestar cidades, por exemplo.

4. Mudanças climáticas

Nos últimos anos, foi comprovado o aumento da temperatura média do planeta, com os últimos três anos superando consecutivamente os recordes de calor. De acordo com o escritório britânico de meteorologia Met Office, em 2015 a temperatura na superfície da Terra chegou a medir 1C° a mais, em relação à temperatura do início da Revolução Industrial. Essa ampla variação na temperatura terrestre é conhecida como aquecimento global.

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O aquecimento global é responsável pelo aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra decorrente do rápido crescimento da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2). Esse fenômeno é apenas um dos efeitos das mudanças climáticas, processo de alteração do clima global a longo prazo, que inclui mudanças nos padrões de precipitação e o aumento da frequência e magnitude de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, chuvas intensas e ciclones tropicais.

Ao contrário do que imaginamos, o efeito estufa é necessário para a manutenção da temperatura média na Terra.  O aspecto negativo do efeito estufa está relacionado à ação humana, que contribui para o rápido aumento da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera, ocasionando o aquecimento global.  Falamos sobre isso no post “Entenda de vez o que é o Aquecimento Global”. Clique aqui e saiba mais sobre o assunto.

O aumento da concentração de GEE na atmosfera tem sido assunto constante na pauta ambiental do planeta. Em 2015, foi assinado o maior tratado climático da história, o Acordo de Paris, a favor do combate das mudanças climáticas e pela estabilização da temperatura no planeta. Com a saída recente dos Estados Unidos do Acordo, esse tema é mais relevante do que nunca.

5. Uso não sustentável dos recursos naturais

A urbanização, o consumo e as atividades humanas em geral exigem mais da Terra do que ela pode oferecer. Há alguns anos a demanda por recursos naturais ultrapassou os limites que a natureza pode suportar,  com uma pegada ecológica mundial (demanda da humanidade no ano) superior a biocapacidade mundial (quantidade de recursos que o planeta é capaz de produzir no ano).

Há um esgotamento dos recursos naturais, que são consumidos em uma velocidade maior do que a necessária para sua recuperação. De acordo com a Global Footing Network, para sustentar os padrões de consumo da humanidade, seria necessária 1,7 Terra. Se mantivermos esse ritmo de consumo, antes de 2050 vamos precisar de duas Terras. Essa pressão ecológica traz diversos desequilíbrios ao meio ambiente, como o desmatamento, a erosão do solo, a perda de biodiversidade, o acúmulo de CO2 na atmosfera e a escassez de água doce.

Embora a água seja um recurso natural renovável, seu uso de forma insustentável, aliado às mudanças climáticas, trouxe problemas de disponibilidade à diversas regiões. A água, além de necessária para o consumo humano, é essencial para a produção de alimentos, para o abastecimento, saneamento, para a geração de energia e como insumo nos processos industriais. Assim, é preciso que esse recurso seja melhor administrado, de forma a ser preservado e distribuído de forma justa para os cidadãos.

Mudanças do clima, extinção de espécies, urbanização e meio ambiente, uso desmedido dos recursos naturais. Sem dúvida, temos muitos desafios a serem vencidos. É importante que tenhamos uma data como o Dia do Meio Ambiente para contemplarmos as atividades humanas, colocando-as em perspectiva. Como podemos contribuir para construirmos um planeta viável para as gerações futuras? Deixamos essa pergunta para você, leitor.

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Vivian é jornalista e estudante de publicidade. Na Waycarbon, integra o setor de marketing como produtora de conteúdo. Gosta de escrever sobre as novas possibilidades para a construção de um futuro sustentável e acredita na comunicação como uma ferramenta para a mudança.

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  • Em 1972 durante a conferência das nações unidas sobre o meio ambiente humano (UMCHE) que ficou conhecida como conferência de estoucomo foi criado o dia do meio ambiente.

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